Compositor: Pablo Benegas / Xabi San Martín / Haritz Garde / Amaia Montero / Alvaro Fuentes
Como estes quadros que ainda estão sem pendurar
Como a forro do jantar de ontem
Sempre esperando que diga algo mais
e minhas palavras engasgadas não querem voar
O nunca dito se dissolve em um chá
Como o infiel diz que: Nunca farei isso
Sinto que estou em uma prisão de amor
Me esquecerás se não assino minha declaração
Abraçaria o diabo sem duvidar
Para ver teu rosto ao me escutar falar
Você é tudo o que mais quero
Mas te perco em meus silêncios
Meus olhos são duas cruzes pretas
Que nunca falam claro
Meu coração está cheio de pesar
E eu sou uma boneca de pano
Cada silêncio é uma nuvem que vai
Detrás de mim sem parar de chorar
Quero te contar o que sinto por ti
E que me escute falar à lua de janeiro
Olhando para você
Abraçaria o diabo sem duvidar
Para ver teu rosto ao me escutar falar
Você tudo o que mais quero
Mas te perco em meus silêncios
Meus olhos são duas cruzes pretas
Que nunca falam claro
Meu coração está cheio de pesar
E eu sou uma boneca de pano
Não tenho medo do fogo eterno
E menos ainda das tuas histórias tristes
Mas o silêncio é algo frio
E meus invernos são muito grandes
E, no seu retorno, estarei longe
Entre os versos de algum tango
Porque este coração sincero
Morreu na sua boneca de trapo